Doce regaço... Francisco Valverde Arsénio
Aconchego-me
no colo da noite
e engano os sentidos
no fumo denso dum cigarro.
Ando sobre pedras aguçadas
que dilaceram cada passo,
caminho cheio de sonhos
e do meu corpo
apenas resta a sombra
que se agarra às paredes,
Não sei de ti…
Não estás sentada naquele banco
nem o teu vestido
ostenta a rosa azul estampada.
Chega até mim um eco vazio,
um grito que se esconde,
um deserto fora de tempo.
A rua continua escura
e nem sei
porque me passeio nela.
Estes caminhos inebriam-me,
penso demais
e as palavras que escrevo
não são as mesma que lês.
A noite está cheia de resquícios
de todos os momentos
que fizeram a nossa história,
tem marcas feitas
a traço fino como uma tatuagem.
Aconchego-me
no colo da noite
e vou esperando.
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já tinha feito o meu comentário Francisco , poi desconhecia este blogue, mas mais uma vez não me cansa repetir que adoro os seus poemas , e este faz-me ver um homem de cigarro na mão, passeando para cá e para lá, na expectativa da chegada de seu amor ....virá ,não virá.....jinhos
ResponderExcluirleonor nunes