Enquanto a chuva fustiga as vidraças
os trovões ribombam
uma doce melodia
tocada a quatro mãos
numa ternura harmoniosa
aquece e enche o quarto
de luz e de paixão
as pernas enlaçam-se
os lábios húmidos unem-se
a leveza dos dedos arrepia
a pele
o rosto esconde-se por entre as coxas
em delícia
fecham-se os olhos
as mãos cravam-se no lençol
o cosmos acende-se
um suspiro
um gemido
...
e a chuva caindo lá fora
fustigando as vidraças
agora embaciadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário