A SEM-RAZÃO DE NÃO MAIS TE TER
Conta-me com adjectivos sôfregos
como ficar aqui de gestos vazios,
sem o gosto das tangerinas,
sem o sabor a pão da tua boca.
Conta-me como impedir a sombra
que se estende desordenada sobre as manhãs,
como deixar de bailar os olhos
que se cerram
no que foi a limpidez dos sonhos.
Não sei se o oceano fica longe
nem como se corta a rima num poema,
fico aqui…
ancorado no meu olhar
percorrendo o vento em linha recta.
Aqui, onde as luas me rondam as mãos,
as letras têm asas
e o sabor a ti se eternizou nos meus lábios.
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