Evocação sem tréguas... Francisco Valverde Arsénio
Recorda o meu corpo
indiferente à visão
de um qualquer noctívago,
recorda os sonhos
partilhados na fluidez do prazer,
recorda
o encerrar em nós
as manhãs inesquecíveis.
Procurei caminhos,
veredas vazias
e uma lágrima ilícita
que se apossou do teu rosto.
Procurei nos teus braços
o porto inevitável,
as romãs e a geada,
o círculo por fechar
e a languidez do destino.
Passeei o corpo nu
pelas areias dos rios,
desbravei o luar
e bebi água
nas nascentes virgens do teu corpo,
dancei ao sabor da brisa
e do perfume das flores
e falei com as aves que beijavam as ondas.
Recorda e procura-me,
eu já te encontrei.
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