OS ÚLTIMOS VERSOS... Ana Fonseca da Luz










Estes são os últimos versos que te escrevo
por isso, guarda-os no canto esquerdo do teu peito,
lá onde te corre a lava incandescente
que me queima.

Depois, quero que mos digas,
de cor…

E que cada palavra seja uma raiz,
onde nascerá uma planta,
que dará fruto.

Ambos comeremos desse fruto,
maçã roubada da árvore proibida.

E os teus olhos serão pássaros,
o meu coração, o seu ninho
onde as palavras dos versos que te escrevo,
se entrelaçam como as nossas mãos.

Quero que guardes essas palavras,
porque serão as últimas
que te escrevo nesta folha branca,
matizada de alegrias perpétuas
e saudades que os meus versos
não conseguem descrever.

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