Mansa calma


E há uma mansa calma que me invade
um abraço invisível que me acalenta
um beijo morno que me afugenta
todos os fantasmas que de mim se querem apoderar

E há todo um mar
a quem me entrego
disposta a por ele me adentrar

E há todo um corpo que adormece
na esperança de te esquecer
porque vã é a palavra que se esquece
sem sequer ser pronunciada
a boca que se cala sem ter sido beijada
e vão é o sentimento que se amordaçou
sem se deixar respirar
e a flor que na nossa mão murchou
sem se ter deixado florir

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