Compassos sem tempo... Francisco Valverde Arsénio










Que dizem
os teus olhos castanhos
se não usas tranças no cabelo.
Porque encontras tu a noite
fora da noite
em qualquer lugar.

Há um ensejo demente,
uma fome desenfreada
numa alquimia perfumada.
Tens um beijo meu
resultado duma equação de sabores,
um lamento
e uma lágrima de chuva.
Tens um sufoco gritado
na sombra dos meus sonhos.

Não há tempo em nós
para acender as estrelas,
os nossos sorrisos dormem agitados.





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