Coração... Ana Fonseca da Luz

Há dias, em que não sei, como o coração aguenta tanta debandada.
Ora bate…
Ora pára…
Ora volta a vibrar de maneira descompassada.
É desobediente.
Inquieto…
Quando entristece, chora
Quando está feliz, sorri.
Quando está apaixonado é trapalhão e cora…
Depois, perde a fome,
Perde a sede
Perde até o ritmo.
Mas, ganha asas,
E aloja-se no coração da pessoa amada.
E fica ali, coladinho…quietinho.
Até que o mandem embora.
Quando o magoam, definha
Se o afagam e mimam, ressurge, rubro
Tão CHEIO de si…
De paixão…
E ora bate.
Ora pára.
Ora morre.
Ora renasce.
Coitado do coração apaixonado...
Há dias, em que não sei como ele não desiste
E não bate em quem namora…

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