Céu enevoado,
poeiras,
gotas de orvalho
derretidas pelo
brilho dos olhos em
sedução...
jogamos com o infinito e
decompomos a
linguagem do
coração...
liberta-nos o
prazer que é
poema em teus
seios,mãos,
corpo....
e desenho em sonho
tua sensualidade
forjada em
veracidade e
amizade...
Leio tuas mãos
como a cigana e aí,
se vê o que se
pode expessar
-o afecto em ti encontrado
em acção....
diversidade de emoção....
Os corpos semi-nus,
balanceando,
ao som de música voluptuosa
deixam a luxúria da
carne,agitar-se no
espaço de enlevamento,
muitos passos ,
e um eu,emocionado ,
com lágrimas de
alegria...
Temos saudade de enamorar
e sensualizar
o que não se pode
decifrar....
Mas nós só exprimimos o
que não podemos
dizer....
Baila,baila,Corpo,
no esquecer de ti,
corpo,se realiza a
dança da alma...
E os silêncios e
murmúrios da luz ,
do mar e do
luar....
pinta de várias cores
esta pista de
dança da
vida...
Mas esta dança leva-nos ao
sonho de dizer em
poema o canto dos
pássaros e
ouvir um som de Mahler,
e sem titubear,
caminhar
por vias sensatas,
algo timoratas,
como uma canção ,
perdida,
pelos montes das
nossas agruras e
com esta música
sentida,
e vivida,
louvar a
vida...
Amor é também
correr atras de
bolas de sabão,
e seguindo
o coração,
cruzar os olhares de mim em ti,
na dança do afecto
na comoção e
estupefacção
do sensível
dilecto,
Oh! Amor,Amor,dança da vida....
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