Nos Universos da memória... Ana Fonseca


Num instante
puro e abnegado,
inspira no silêncio
um cantar adocicado

Semeia sorrisos
Como quem planta Amor
Recolhe na terra
Os frutos do seu labor

Desliza volátil
Entre as gentes
É afago cintilante
Num coração que sente

E sem demora
É ocaso constante
No renascer da aurora

É volúpia que se bebe

Na seiva da hora

É colo que se serena
num aconchego
que urge, aflora

e desponta ritmado
num coração que sente
que bebe
microcosmos
nos universos da memória…

É suprema força
na fragilidade que surpreende.

É...

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