Pedem-me os olhos
palavras
que não esqueço
Pede-me o coração
o sossego
o rescaldo das horas
Pedem-me as mãos
as grades que derreto
esquecido degredo
das cavas paredes
do desassossego
Pedem-me os dedos
lianas
que trasponho
nas filigranas do tempo
Pede-me o corpo
os flocos nuvens
onde me recosto
e alada me restabeleço
Pede-me a voz
o silêncio
que aceito por ter esquecido
o tempo
em que tinha medo
Pede-me o meu Ser
O teu
Parceiro de eternidade
No orvalho do momento…
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