Lembranças... Ana Fonseca













Tacteia na saudade
A ausência do som da pele
Há um canto inaudível
Num sopro de lamento
Que urge e lhe sulca o corpo
Sem tormento

No promontório da esperança
Ergue-se o quimérico cais
Da nau vislumbrada no sonho

Terá perdido o astrolábio
Na urgência do caos
No anel do esquecido medo?

A memória é um caleidoscópio
Lançado ao vento
Cujos estilhaços desenham a pele.


Nenhum comentário:

Postar um comentário