MEA CULPA
Que peso é este que me faz arrastar os pés quando ando?
Que me aperta o coração quando respiro?
E que me amordaça, proibindo-me de dizer o que quero?
Que caminho é este que percorro de olhos vendados?
Que constantemente me derruba,
Deitando-me ao chão?
E que me deixa nesta solidão tão grande que se torna quase visível,
Palpável?
Onde está a escada para o céu?
A balada que nos faz fechar os olhos e sonhar?
A rosa vermelha que nos perfuma a vida?
E Deus, onde está?
Quando os meninos morrem de fome?
As mulheres são espancadas?
Os justos pagam pelos pecadores?
Os ventos e os mares se levantam e colhem vidas?
E o sol nasce e não é para todos?
E esta febre que me consome? De onde vem?
E esta dor que eu nãovvejo? Quem ma deu?
E esta ferida que não fecha? Quem ma sangrou?
Este poema, não é um poema qualquer,
Nem sequer é um poema…
É a minha expiação.
Este poema, é o grito que me sufoca.
É a faca que me esventra.
É a catarse profunda.
A bebedeira dos sentidos.
O pecado original, que Eva e Adão não cometeram.
Perdoa-me!
Por não te saber explicar melhor a vida.
Perdoa-me por teres lido este poema
E não o teres percebido.
Perdoa-me por te amar assim
Desta maneira acutilante…
Mea culpa…
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