Essa fôrça estranha... Ana Fonseca da Luz


É na solidão do teu corpo que todos dias renasço,
lânguida
serena
despojada de medos e angustias.
E a cada gesto teu, mesmo que insignificante,
há uma flor que me nasce no olhar,
com sabor a ti
e a mim.
E há essa força estranha que nos une,
que se entranha,
turbilhão de andorinhas que nos canta no lugar do coração…
Não me acordes agora!
Deixa-me ser o teu abraço apertado
e a voz da tua alma
que se agita
sôfrega e inquieta na solidão dos nossos momentos…
Ai se eu pudesse inundar-te de mim,
enquanto me sonhas…aí,
não me pesaria tanto esta melodia triste que te canto
enquanto majestosas, as andorinhas me fazem o ninho no coração.

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