Vaso... Fátima Guimarães




Desnudaste-me
e
Eu
livre de enfeites e artefactos
frágil e insegura
qual pétala solta da sua flor
me entreguei.

Acarinhaste-me
acolheste-me
em
tuas mãos
e
magoaste.

Quebrei
qual vaso de barro feito.

Hoje
colo os pedaços
refaço-me
mas serei sempre

um vaso quebrado
e
colado.

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