Tiras-me da razão
nesse convite ao pecado,
unges-me desse doce veneno
de ninfa,
dás-me a provar os lírios,
as romãs
e os lábios de pêssego,
fazes-me gotejar sôfrego
na pétala rosa que me envolve.
Os olhos flamejam,
o coração pulsa,
sonho-te
nas esferas dos meus sentidos.
Entorpecida enlaças-me,
procuras-me ávida
e atrevida desfaleces.
Tiras-me da razão
quando me queimas os segredos,
quando decifras os códigos
e rompes os teus limites.
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