Noite virada... Rosely Maria Selaro











Na virada da noite ela partia. Não era noite.
Não era dia. Era o branco do olho. Maresia.
Deixava nele seus seios rosáceos.
Deixava dentes, ancas e os pequenos pés.
Partia claudicante, só pedaços, na noite fria.
Mas voltava quando passava o dia.
Ele esperava pela amante e seus pedaços devolvia.
O quebra cabeça refazia. Eles se amavam, se amavam,
rolavam no mundo gargalhando, gargalhando!
Na virada da noite, claudicante,
sem os seios rosáceos, novamente ela partia.

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