Silenciosa... Ana Fonseca da Luz
Não deixes que o barulho quebre a magia do silêncio que nos envolve.
Amanhã, poderá ser tarde, para serenar os nossos corações,
exaustos de tanto baterem,
em segredo…
Repousa no meu colo, amanhecido de esperança,
deixa que te preencha, como o rio que galga a sua margem…inquieto.
Ouve…
Finalmente o silêncio.
Nada mais do que o silêncio das manhãs em que acordamos ébrios
um
do
outro
na vã esperança de um dia, sermos nós dois e apenas,
um.
Anda, repousa no segredo dos meus olhos
Para que eu possa serenar, na maciez da tua boca…silenciosa.
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