Amor/Ódio... Agostinho Borges de Carvalho










Eles pulam,dançam,serpenteando
a água na piscina...
Eles vidros,salpicados pela
chuva,choram
lágrimas de bem...
são jovens,mostrando-nos a
brevidade do tempo e fazendo
crescer em nós,
a paixão pelo novo,pelo
intrépido...
e a água ,símbolo de
sabedoria,vai enrolando
os corpos sensuais e de
beleza interior....
a beleza é a intimidade da
alma no corpo...
mas cá fora os corpos também
balançam no cair ,breve,
da gota de orvalho,perpassados
por um fio
de frio...
Não é o vazio...
As nuvens do amor
adensam-se e
crepitam no
fogo de ser
apaixonado,
amado....
Tempo morno e claro,
que leva a recriar-nos....
a luz goteja feixes de
luz brilho e
claridade sobre
as coisas..
E as pessoas,ouvindo
o cantar dos pássaros e
o arrulhar dos pombos e
melros,
com a meiguice
deste amanhecer,
sem entardecer a
vida,
recriam o aroma
do dia,
aguçam os olhares,cúmplices,
com a natureza
esbelta dos corpos e
aplaudem este
renovar....
vamos
madrugar no
amar
e desejar...
Os corpos desnudados
vivenciam
sexualmente,
serenamente,
o amanhecer
destes passos de
dança da vida,
nos rostos,alegres,
nos seios,
ancas e
pernas
aformoseadas e
perfumadas...
e a festa completa-se no
poema,
incarnado e
desejado,
no brotar da água
da montanha e nas
fontes do jardim,
com jasmim,
girassóis e
amores-perfeitos....
e nestas árvores que
verdejam o
sentir
sensual se
desperta...
E a felicidade será o viver
deste amanhecer
na vida e na
mocidade do dia ,
colocamos
esta verdade,como
o arco-iris e
suas claridades....
Amar é ressurgir
e iludir
as agruras
com ternuras...
Misturar claridade,luar,
sonhar,vento,
volúpia,prazer...
verdade com claridade...

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