ARRISCAR... Célia Champlon










Quando as nossas mãos
se acariciaram
sentimos o arrepio na nuca
e os nossos olhos
encontraram a resposta
a todos os pensamentos.

Da surpresa, da descoberta,
do medo, do desprevenido,
os nossos eus refugiaram-se
nas suas defesas
incapazes de agir coerentemente.

Mas há sempre
um sentimento rebelde
que fica dentro de nós
a minar os pensamentos
as emoções, as dúvidas, as éticas.

No encontro das vozes
das palavras ditas e não ditas
das hesitações
dos desejos confessados ou não
fomos encontrando
as forças para aceitar o risco.


Célia Champlon

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