Enfim, livre!... Francisco Valverde Arsénio














Vou deixar
que fiques com estas palavras
e com os desenhos que fiz,
que fiques
com as linhas do meu caderno
e digas
que me fizeste poeta.

Vou deixar
que venças as ondas do mar
e controles
os relâmpagos
e os trovões.

Vou deixar no teu corpo
a saudade que tens do meu.

Vou deixar
que o vento ecoe
as palavras de amor
que sempre te disse
e apagar
as marcas que deixaste em mim.

Vou deixar
que o peso dos teus braços
me liberte os ombros.

Vou deixar
que me deixes.

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