Prisioneira do passado... Catarina Pinto










O dia nasceu cinzento e está nublado
não dá para ir a nenhum lado
e os pensamentos afluem…correm e alguns param.
ficam à espreita. como que à espera…
À espera de quê? Não parem…vão…corram
Não quero vocês aqui. Quero a solidão…de antes.
Só, eu não penso, não recordo…e não sofro!
Não penso, quanto o amei...e adorei
E nunca me pergunto…se ainda o amo.
Tem alturas que tenho vontade…
de lhe perguntar…nunca tens saudades minhas?
Mas não o faço…engulo as lágrimas, e sigo sempre
Sabem o porquê, pensamentos vadios?
Eu sei qual seria a resposta…eu sei!
Acompanhada de um olhar atirar pró desdém
Saudades de quê…de ti…vá lá, não me faças rir
Já te viste bem ao espelho…olha bem para ti!
Não tens nada, nada que atraia um homem
Depois eu emudeço, quero falar, dizer…
Não sou bela, eu sei…e tenho um espelho.
E já me vi sim…e não sou assim tão feia
De primeiro, tu disseste que me amavas
E o meu interior…A minha alma…O meu amor
E os sentimentos que me alimentavas …
Foi sem querer, foi um erro, um desvaneio!
Por isso…vão-se embora…não os quero cá.
Não quero nada…quero paz e silêncio e só isso
Ouvir o barulho do mar…olhar o céu cinza e prata
As gaivotas no seu bailado…a cantar…a dançar.
É assim que estou bem…deixem-me em paz
Já fizeram com que eu lembrasse dele e chorasse.
De desgosto, humilhação, revolta e paixão.
Chega!

Catarina Pinto

Nenhum comentário:

Postar um comentário